Neste post, o neurologista do HST, Dr. Victor Vasconcelos, explica que a enxaqueca é uma causa de dor muito frequente que provoca grande impacto na qualidade de vida das pessoas. ” Segundo dados da Academia Brasileira de Neurologia, a enxaqueca se inicia habitualmente na fase de adolescência ou adulto jovem (entre 30 e 50 anos), acomete mais mulheres do que homens e em 80% dos casos o paciente tem um familiar direto acometido”, explica o médico.
Sintomas
Segundo o neurologista do HST, o quadro clínico envolve dor latejante e de forte intensidade, habitualmente predominante em um lado do crânio. A dor pode estar associada à náuseas ou até vômitos, tonturas, alterações de visão (embaçamentos ou pontos luminosos), incômodo com a luz (fotofobia), cheiros fortes (osmofobia) e barulhos intensos ( fonofobia) e geralmente
é de caráter recorrente. ” O manejo adequado se inicia com um correto diagnóstico. Embora o sintoma de dor de cabeça sugira o diagnóstico de enxaqueca, também pode ser manifestação comum de outras doenças, como tumores cerebrais, aneurismas ou mesmo ser sintoma de doenças não neurológicas”, conta Dr. Victor Vasconcelos.
Diagnóstico
Para avaliação adequada, o especialista explica que é importante buscar o médico. “Ele irá avaliar a presença de sintomas sugestivos e ocasionalmente solicitará exames de imagem cranianos com o objetivo de excluir demais problemas e fechar o diagnóstico”, conta.
Os fatores de risco da enxaqueca são:
- Jejum prolongado,
- Ingestão de bebidas alcóolicas,
- Privação de sono,
- Estresse e tensão emocional,
- Luminosidade muito intensa (como em telas de computador ou de celular),
- Odores fortes,
- Período menstrual,
- Alimentos contendo cafeína, chocolate ou alimentos que já foram percebidos como deflagradores de crises em cada paciente.
Tratamento
” O correto manejo da enxaqueca se inicia com a mudança de hábitos de vida com o objetivo de reduzir a exposição a esses fatores de risco. Essas são as medidas iniciais e, na maioria das vezes, bastante efetivas para evitar o surgimento da dor. Além dessas medidas, o especialista pode considerar que se faz necessário o tratamento medicamentoso em alguns casos. Nos pacientes com dores pouco frequentes, pode ser indicado o uso de medicação apenas durante os episódios de enxaqueca, visando interromper as crises de dor. Em casos de grande frequência de crises ou em dores incapacitantes, pode ser indicado o uso de medicações diárias por determinado período com o objetivo de prevenir as crises de dor de modo mais duradouro”, finaliza o neurologista do HST, Dr. Victor Vasconcelos.