Doenças ocupacionais: a prevenção é a maneira mais eficaz para manter a saúde no trabalho
Distúrbios de coluna, dor lombar, tendinite, bursite, síndrome do túnel do carpo, ansiedade, depressão, surdez, entre outras. O que essas doenças têm em comum? As conhecidas doenças ocupacionais estão relacionadas ao ambiente e rotina de trabalho, que podem afetar a saúde, e até levar ao afastamento, além de acarretar mal-estar e piora da qualidade de vida do colaborador por toda a vida. Por isso, o Hospital e Maternidade Santa Tereza trouxe, nessa edição, a ortopedista e traumatologista e médica do esporte do HST, Dra. Fabiana de Godoy Casimiro, para nos ajudar a cuidar da saúde de cada um de vocês! Vamos entender?
Importância dos protocolos
De acordo com Dra. Fabiana, é necessário ficar atento e cumprir todos os protocolos estabelecidos pela Instituição para que o funcionário mantenha a saúde em dia e não enfrente problemas relacionados às doenças ocupacionais.
“É muito importante participar de treinamentos e seguir a utilização correta dos EPIs (Equipamento de Proteção Individual)”, lembra a médica. Essa é a maneira mais eficiente para evitar acidentes ou doenças ocupacionais. “Além de se proteger, o colaborador participa para a manutenção de um bom ambiente de trabalho”, completa.
Vale lembrar, também, a importância de estar atento às posturas, dentro e fora do seu ambiente de trabalho, de acordo com a especialista. Segundo ela, também é importante que o colaborador faça pausas para o descanso e ginástica laboral e comunique o núcleo de segurança do trabalho e a saúde ocupacional se notar qualquer alteração no ambiente que possa comprometer o bem-estar de todos. “Não se esqueça de manter os exames periódicos em dia”, completa Dr. Fabiana.
Saiba mais sobre as doenças ocupacionais mais comuns:
– DORT/LER: distúrbios de coluna, dor lombar, tendinite, bursite, síndrome do túnel do carpo, dedo em gatilho, epicondilite lateral (inflamação dos tendões na parte externa do cotovelo), lesão de manguito, e capsulite adesiva (síndrome dolorosa do ombro, caracterizada por uma redução progressiva e importante da amplitude de movimento), que causam dor e surgem a partir de movimentos repetitivos.
– Distúrbios emocionais e psiquiátricos: ansiedade e depressão.
– Distúrbios respiratórios: asma ocupacional.
– Dermatoses: conjunto de doenças da pele, caracterizada por manifestações alérgicas persistentes;
– Surdez: perda auditiva induzida pelo ruído ocupacional (Pairo).
– Acidentes biológicos: exposição de uma pessoa a sangue ou secreções através da pele, das mucosas (olhos, boca e nariz) ou de lesão perfuro-cortante.
Dicas de prevenção
De acordo com a Dra. Fabiana de Godoy Casimiro, para a prevenção das doenças ocupacionais, o colaborador deve estar atento a algumas dicas:
– Mantenha um bom relacionamento com os colegas de trabalho;
– Fique atento à hidratação e alimentação;
– Utilize de forma correta os EPIs;
– Mantenha hábitos de vida saudáveis, como dormir bem, praticar atividade física, cuidar da saúde de forma geral, fazer alongamentos e realizar exames de rotina.
– Fique atento aos canais de comunicação com a empresa e relate qualquer problema ou desconforto durante o trabalho.
Lembre-se da ginástica laboral!
Tratamento
Segundo a especialista, as doenças ocupacionais geralmente possuem tratamento. “A DORT/LER, os distúrbios respiratórios, as dermatoses, e os distúrbios emocionais geralmente são tratados com medicamento, com o afastamento do agente causal, seja ele temporário ou permanente, além de fisioterapia, acupuntura, ondas de choque”, explica. Mas, existem alguns casos que são irreversíveis. “Para a surdez não existe tratamento, a única ação é a prevenção. Por isso, a melhor opção é sempre prevenir”, finaliza a ortopedista e traumatologista.