O Hospital não dorme: heróis que trocam o dia pela noite para salvar vidas
O Hospital e Maternidade Santa Tereza está aberto 24 horas por dia com profissionais altamente qualificados em prontidão independente do horário. Isso significa que, pessoas dedicam suas vidas à saúde coletiva e muitas trocam as noites bem dormidas pelo trabalho, e os dias com a família pelo descanso. Você sabe quem são esses heróis da madrugada? Essa matéria é uma homenagem aos colaboradores noturnos, que transformaram seus hábitos cotidianos em prol de algo muito maior: salvar vidas, independente do horário, por Campinas e pelo mundo. Embarque com a gente nesta jornada para conhecer esses incríveis profissionais.
Os plantões
De acordo com a Gerente de Enfermagem, Renata Alencar, os plantões acontecem em sincronia e todos os colaboradores possuem papel fundamental na assistência ao paciente. “Segurança, recepção, laboratório de exames, radiologia, farmácia, higiene, médicos, enfermeiros, técnicos e copeiras são essenciais nesse sistema. Sem qualquer um desses colaboradores, a assistência ao paciente estaria comprometida”, explica.
Segundo ela, os funcionários que trabalham no período noturno são divididos em noite 1 e noite 2, e os turnos acontecem entre as 19h e 7h. “Eles possuem o direito de três folgas mensais para que a saúde mental e física do colaborador não seja comprometida”, conta.
Renata Alencar explica que a rotina dos colaboradores noturnos é parecida com a diurna: “O objetivo é fazer com que o Hospital funcione da mesma maneira que o dia, porém em silêncio. Ter a sensibilidade de entrar no quarto sem fazer muito barulho para medicar, aferir SSVV (sinais vitais) e realizar a higienização sem atrapalhar o sono dos pacientes estão entre os serviços”.
Guerreiros do bem
Ela ainda destaca que os profissionais que trabalham a noite, muitas vezes, são verdadeiros heróis, pois conciliam outro vínculo trabalhista ou exercem funções na casa durante o dia. “Na maioria das vezes, querem realizar o sonho da casa própria ou são responsáveis pelo suprimento da casa. Também temos aqueles que estudam ou, por uma necessidade familiar, precisam ficar com os filhos durante o dia. Eles abdicam de horas saudáveis de sono, que muitas vezes já são poucas, para preservar e dar o melhor para sua família”, diz a enfermeira.
O dia de quem trabalha a noite
Porém, como é o dia-a-dia desses colaboradores? Confira o relato da enfermeira da Unidade Respiratória, Aline Garcia Bueno, que há seis anos faz parte do time HST:
“Chego pela manhã, quando minha filha de um ano está acordando. Dou leite para ela, troco a fralda e coloco ela novamente para tirar seu cochilo. Neste intervalo, organizo minha casa e começo a preparar o almoço. Minha filha acorda e almoça. Enquanto eu lavo louça, ela brinca com seus brinquedos preferidos, após isso, levo ela para passear no condomínio e tomar um sol. Nesse meio tempo, já é o horário dela novamente cochilar e é quando consigo descansar um pouco, coisa de uma hora mais ou menos. Levanto, preparo o jantar e minhas coisas (quando é meu dia de plantão). Não posso deixar de citar meu marido, que é uma pessoa essencial para que tudo isso aconteça. Início meu plantão às 19h, quando recebo o plantão por escrito de minha colega enfermeira e oriento, lidero a equipe, faço visita me apresentando em todos os quartos e me colocando à disposição. Mesmo cansada, sempre estou com um sorriso no rosto, pois tenho gratidão em trabalhar no Hospital e Maternidade Santa Tereza.”
Pacientes
Porém, quem são os pacientes que chegam ao Hospital no período da noite e merecem o cuidado e atenção de nossos colaboradores noturnos? De acordo com a enfermeira, muitos dos que procuram o Pronto-Socorro durante o período da noite são aqueles que trabalham o dia todo, não querem interromper suas atividades e também os casos agudos, como cólicas renais, febre, partos, dores abdominais e traumas. “O atendimento de todas as especialidades, Clínico Geral, Pediatria e GO, é de 691 consultas por mês”, informa Renata.
Cozinha
Entre os profissionais que se dedicam ao período noturno estão as copeiras, responsáveis por servir a ceia dos pacientes e colaboradores. “Elas fazem o pré-preparo de hortaliças e legumes para o dia seguinte, além de higienizar a cozinha e outras atividades”, completa.
Noite em números
Confira os números dos plantões HST, de acordo com a enfermeira Renata:
– 58 colaboradores noturnos, incluindo médicos por plantão;
– 2 copeiras por plantão;
– Média de 691 consultas noturnas por mês de todas as especialidades (Clínico Geral, Pediatria e Ginecologia e Obstetrícia).
Aline Garcia Bueno é enfermeira da Unidade Respiratória 3, trabalha no Santa Tereza há 6 anos. Enfermeira que tem se destacado em suas atividades.