Além de apresentarem riscos ao meio ambiente, o descarte incorreto de resíduos é uma ameaça também para a saúde humana, principalmente em ambiente hospitalar, em que pacientes estão vulneráveis a novas contaminações. Materiais biológicos contaminados com sangue, peças anatômicas, seringas, luvas, e outros materiais plásticos usados em procedimentos médicos são alguns dos exemplos de vetores de doenças e que devem ser eliminados de acordo com as normas da Anvisa, inclusive para a segurança dos próprios colaboradores. O HST se preocupa com sua equipe e, por isso, trouxe para essa edição, informações importantes para o descarte correto do lixo comum e hospitalar. Para isso, conversamos com o especialista e Técnico em Segurança do Trabalho do HST, Vinícius Santos, que explica a diferença entre eles e a importância de separá-los. “Não separar e não realizar o descarte correto desses resíduos representa um grave risco à saúde humana, podendo causar acidentes de trabalho com os colaboradores que atuam diretamente com a coleta e os terceiro que transportam para o aterro”, explica Vinícius.

 

O que é, o que é?

1)Lixo comum – são os resíduos recolhidos pelo hospital que não apresentam risco à saúde pública, como papeis descartados na recepção, copos plásticos, embalagens de alimentos, etc.

2)Lixo Hospitalar – são os resíduos descartados por hospitais, clínicas e necrotérios, que oferecem alto teor de contaminação para o ser humano e para o meio ambiente se não forem descartados corretamente. Esses resíduos são divididos em cinco grupos:

 

– Grupo A (Infectantes Subgrupos A1, A2, A3, A4 e A5) – são potencialmente infectantes por apresentarem agentes biológicos que causam risco de infecção, como bolsas de sangue contaminado.

– Grupo B (Resíduos Químicos) – são resíduos químicos capazes de causar risco à saúde ou ao meio ambiente, como reagentes para laboratório e substâncias para revelação de filmes de Raio-X.

– Grupo C (Resíduos Radioativos) – materiais que contenham radioatividade e não possam ser reutilizados, como exames de medicina nuclear.

– Grupo D (Resíduos domésticos) – qualquer lixo hospitalar que não tenha sido contaminado, como gesso, luvas, gazes, e papéis.

– Grupo E (Resíduos Perfurocortantes) – instrumentos que possam furar ou cortar, como agulhas, lâminas, bisturis e ampolas de vidro.

 

 

Importância de separar os resíduos

De acordo com o técnico Vinícius, a separação correta do lixo em hospitais e laboratórios é capaz de reduzir os resíduos e os custos do tratamento. “Cada material deve ser coletado de acordo com a sua classificação, de modo que reduza os riscos para quem o manuseia. Os líquidos residuais, por exemplo, devem estar em sacolas plásticas de grande espessura, que são identificadas com um rótulo personalizado. Já os perfurocortantes devem estar em caixas ou receptáculos especialmente projetados”, explica. Além disso, ele lembra que para evitar a transmissão de infecções, as áreas de armazenamento de lixo hospitalar devem ser separadas daquelas onde os materiais limpos são estocados, conter sinalização específica de acordo com o material e ter acesso limitado à equipe.

 

Descarte no HST

“No nosso Hospital, o lixo comum é recolhido nas sacolas pretas, já os lixos infectantes utilizamos sacola branca com logo de material infectante e sacola laranja para resíduos químicos. No caso dos perfurocortantes, disponibilizamos um recipiente de parede rígida para o descarte”, finaliza Vinícius.